O valor da possível transação não foi divulgado, mas seria o suficiente para tirar a companhia aérea italiana do sufoco.
Em dezembro de 2013, ela só não declarou falência porque recebeu 500 milhões de euros de socorro, divididos entre linhas de crédito e injeções de acionistas. O cenário, porém, não parece assustar a companhia dos Emirados Árabes.
Com apenas 11 anos de existência, a Etihad tornou-se a empresa aérea que expandiu mais rápido na história da aviação mundial.
De 2012 para 2013, por exemplo, sua receita cresceu 27%, para 6,1 bilhões de dólares, seu lucro líquido 48%, para 62 milhões, e o número total de passageiros transportados, 12%, para 11,5 milhões de pessoas. Muitos atribuem o sucesso de crescimento à aposta no alto luxo, que tem ofertas escassas.
Hoje, ela opera 95 aeronaves em mais de 1.400 voos por semana para 103 destinos diferentes, incluindo, desde junho de 2013, o Brasil. Ao que tudo indica, seus planos de crescimento estão longe de parar por aí.
No ano passado, durante o Dubai Air Show, ela anunciou a compra de 80 aviões de grande porte, com capacidade para até 850 passageiros, e mais 53 outras aeronaves, a serem entregues nos próximos 10 anos.
Além da própria empresa, a Etihad possui participações em sete outras companhias aéreas, como a Virgin Australia, a Air Seichelles e a Jet Airways, que opera na Índia.
A palavra “etihad”, em árabe, significa “união”. A compra de 49% da Alitalia, que ainda deverá ser aprovada pela União Europeia, só unirá mais uma companhia ao já enorme império da aérea dos Emirados Árabes.
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